O HIV, tornou-se um dos maiores problemas da saúde pública no mundo. O Brasil tem apresentado avanços em relação ao tratamento, porém teve alguns retrocessos.
As principais maneiras de contrair o vírus do HIV são: não utilizando preservativos; transmissão vertical, isto é, de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; manejo de instrumentação com perfuro cortantes; manejo de material biológico, como sangue; uso de materiais não esterilizados e ou transfusões.
Segundo as estimativas do Joint United Programa das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) o número de pessoas vivendo com HIV/AIDS no mundo é crescente, em 2005 havia cerca de 31,8 milhões, passando para 33,3 milhões em 2010 e chegando a 36,7 (34,0-39,8 milhões) em 2015.
No Brasil, o primeiro caso diagnosticado de HIV positivo, ocorreu em 1980, no município de São Paulo . Desde então, até final de 2015 foram notificados cerca de 842.710 casos de AIDS no país, tendo registrado anualmente, uma média de 41,1 mil casos de AIDS nos últimos cinco anos . O Brasil é também o que mais concentra casos de novas infecções por HIV na América Latina, respondendo por 40% das novas infecções. Na região sul do Brasil estão as maiores taxas de detecção de AIDS, destacando o estado do Rio Grande do Sul.
No estudo abaixo foi demonstrado que a região do país que apresentou as maiores taxas foi a região Sul, tendo um aumento de 16,6 para 28,9 casos /100 mil habitantes. Na região Sudeste, foi observado que no período entre os anos de 2005 e 2011 teve um aumento significativo nas taxas de notificações, passando por uma queda no restante do período (Figura 1).
Os homens possuem as taxas mais altas de notificações, sendo a faixa etária mais prevalente a dos 30-49 anos. A Cor/Raça branca teve o maior percentual médio (46,9%) de pessoas com notificação entre os anos de 2005-2012. Pessoas com menores níveis educacionais tiveram queda nas taxas de notificações entre 2005-2015, passando de 45,4%-27,9%.
Os autores finalizam os achados informando que são necessárias medidas de prevenção e educação em saúde desta população mais exposta ao risco, que sejam realizadas no país com maior frequência, principalmente nas regiões que se tem maior número de registros do país.
Autor:
William Jones Dartora
Sócio Fundador - ICES Brasil
Doutorando e Mestre em Epidemiologia – UFRGS
Enfermeiro de Projetos Sociais: PROADISUS, Hospital Moinhos de Vento Porto Alegre/RS
Pesquisador: Doenças Cardiovasculares e Diabetes, Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS
Instrutor de ACLS
Docente no curso de Graduação em Enfermagem da FATLA
Porto Alegre/RS
@wdartora
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